Old Man, de Pino Dangelico |
[νῦν δ᾽ ἔγωγε ἤδη ἐντετύχηκα οὐχ οὕτως ἔχουσιν καὶ ἄλλοις, καὶ δὴ καὶ Σοφοκλεῖ ποτε τῷ ποιητῇ παρεγενόμην ἐρωτωμένῳ ὑπό τινος: “πῶς,” ἔφη, “ὦ Σοφόκλεις, ἔχεις πρὸς τἀφροδίσια; ἔτι οἷός τε εἶ γυναικὶ συγγίγνεσθαι”; καὶ ὅς, “εὐφήμει,” ἔφη, “ὦ ἄνθρωπε: ἁσμενέστατα μέντοι αὐτὸ ἀπέφυγον, ὥσπερ λυττῶντά τινα καὶ ἄγριον δεσπότην ἀποδράς.” εὖ οὖν μοι καὶ τότε ἔδοξεν ἐκεῖνος εἰπεῖν, καὶ νῦν οὐχ ἧττον.]
Platão, República 329b-c
Guimarães, Lisboa: 2005. (trad.: Elísio Gala)
Mas lembro-me do que me disse Harold Rosenberg quando lhe perguntei como se sentia ele ao aproximar-se dos setenta anos: — Bem, é claro que já ouvi falar da velhice e da morte e dessas coisas todas, mas, no que me diz respeito, não passam de rumores.
Saul Bellow, Jerusalém - Ida e Volta (pg.124)
Tinta da China, Lisboa: 2011. (trad.: Raquel Mouta)
"O que é a vida? O que é o prazer, sem a dourada Afrodite?
ResponderEliminarQue eu morra, quando estas coisas já não me interessarem.
(...)
Assim áspera foi a velhice que o deus me impôs".
Mimnermo, (fr. 1 W), tradução de F. Lourenço
Os poetas não concordam com Platão. Que faz Platão? Expulsa-os. Brinco, claro. Mas obrigado pela tua partilha: completa o tríptico, introduzindo uma nota dissonante. Quando depois tiveres estudado a sério a questão da velhice, ainda hás-de escrever um pequeno texto sobre a velhice vista pelos antigos: era capaz de ser interessante (e até o teu Hino a Afrodite tem coisas úteis para um tal estudo).
ResponderEliminar:) Crês que nunca mais me lembrei de me teres dito que tinhas respondido?
ResponderEliminarNo meu terceiro ano fiz um trabalho sobre o envelhecimento na poesia grega arcaica, hei-de revê-lo, mas ainda não dei com ele.
Enquanto isso, deixo aqui a opinião profundamente magoada de Florbela Espanca que vem cravar mais ainda o estigma negativista.
Pior Velhice
Tenho a pior velhice, a que é mais triste,
Aquela onde nem sequer existe
Lembrança de ter sido nova...outrora...