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domingo, 29 de abril de 2012

They Told Me You Were a Scholar

A Man For All Seasons (1966), de Fred Zinnemann, vencedor de seis óscares no seu ano, entre os quais o de melhor filme, ainda que seja uma produção clássica de Hollywood, absolutamente convencional na sua gramática, com uma narrativa linear mas um guião inteligente. Sucumbiria, porém, não fora a força dos seus actores, que dão ao filme muito da sua glória. Margaret, de seu nome de casada Margaret Roper, foi uma das mulheres mais cultas do século XVI, tendo-se correspondindo com Erasmo (chegou a descobrir um erro no latim deste, uma vez), cuja obra Precatio Dominica traduziu para inglês aos dezanove anos. A ela devemos ainda a conservação dos textos (sobretudo as famosas cartas) do tempo da prisão do seu pai (Thomas More). A wikipedia alemã tem um extenso artigo sobre ela, em que os curiosos poderão, com a ajuda do Google Translate, encontrar mais informações. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sebastiane (1976), de Derek Jarman


Director Derek Jarman’s (Caravaggio, The Tempest) feature film debut Sebastiane lays bare the latent homoeroticism that has always lurked beneath the glossy surface of Hollywood biblical epics. Jarman crafts his slyly lurid yet exquisitely poetic historical drama around the martyrdom of St. Sebastian in the same way that Italian Renaissance painters used the image of St. Sebastian to eroticize the male nude. Though audaciously performed entirely in Latin, and carrying the same visual boldness of Jarman’s collaboration with Ken Russell on The Devils, Sebastiane depicts both earthly lust and spiritual yearning with what The Guardian described as “an honesty and directness that’s the absolute opposite of camp.” Sebastiane’s lyricism is supported by one of cult composer Brian Eno’s first and best music scores. Stripped of rank and exiled to a remote Sardinian outpost, Roman soldier and suspected Christian Sebastian (Leonardo Treviglio) becomes the object of his commanding officer Severus’ (Barney James) aggressive desire. As Sebastian turns his back on his fellow soldiers in favor of his own visionary mystical longings, the sun-bleached Mediterranean idyll becomes a psycho-sexual hothouse where predatory desire and religious longing set the stage for a shocking tableau of death and martyrdom. Sebastiane caused a riot when it premiered at the Locarno Film Festival, and was a surprise hit upon its initial release in the UK.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Thíasos: Uma História

ler a reportagem integral aqui.

sábado, 15 de outubro de 2011

Breves Notas Sobre as Ligações §1

[ver a partir dos 04'52'']

He [Zenão] proved himself an excellent man in both philosophy and politics. At least his books are thought to be full of much wisdom. And when he wished to overthrow Nearchus the tyrant (some say Diomedon), he was arrested, as Heraclides says in his summary of Satyrus. When he was tortured to find out about his co-conspirators and the arms he brought to Lipara, he named all the tyrant's friends, wishing to make him feel deserted. Then  he had something to whisper in his ear about some people, he bit on to the tyrant's ear and did not let go until he was run through, suffering the same fate as the tyrant-slayer Aristogiton. But Demetrius says in Men With the Same Name that he bit off his nose. Antisthenes in the Successions says that after naming the tyrant's friends, he was asked by the tyrant if there was anyone else, and he said, "You are the one who has sinned against the city". To those present he said, "I am appalled at your cowardice, that for fear of the things which I suffer you would be slaves to a tyrant", and finally biting off his own tongue he spat it at him. The citizens being roused by this immediately stoned the tyrant to death.

Zenão DK A1 (= Diógenes Laércio 9.26-7) 
The Texts of Early Greek Philosophy, Cambridge: 2010 (trad.: Daniel Graham).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fédon, ou Sobre a Imortalidade da Alma

O diálogo do Platão é discutido na cena imediatamente após esta, que não encontrei no youtube
Chega a ser lida uma secção do texto mesmo, que é explicada e discutida. Rohmer heart Plato. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pelo Cão!, Um Filme Que Alude ao Anel de Giges (Duas Vezes!) e ao 'Teeteto'

sim, eu amo Rohmer. e continuarei a usar qualquer pretexto mínimo para o promover nesta página.

sábado, 26 de março de 2011

Porque Isto Não Precisa de Razão

...e o último vídeo que postámos com isto já não se encontra acessível.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Poemas Para O Dia Dos Namorados - Epílogo

Os Amores de Astrea e Celadon, de Eric Rohmer (2007) 
[ver especialmente 1'47'' - 4'31'']
*

XII

Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras coisas
E cantavam de amor literariamente.
(Depois — eu nunca li Virgílio.
Para que o havia eu de ler?)

Mas os pastores de Virgílio, coitados, são Virgílio,
E a Natureza é bela e antiga.

Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos
retirado daqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Plato's Stepchildren [Star Trek 3x10]

The crew of the Enterprise encounters an ageless and mischievous race of psychic humanoids who claim to have organized their society around Ancient Greek ideals.
O episódio completo encontra-se disponível no YouTube.

domingo, 12 de dezembro de 2010

The War That Never Ends

O vídeo acima é um pequeno excerto de The War That Never Ends, um telefilme (com a participação, inclusive, de Ben Kingsley) feito pela BBC, de 1991, a partir da peça homónima, de John Barton, por sua vez uma colagem de textos platónicos e, sobretudo, da História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides, em jeito de telejornal, pelo qual se vai sabendo do adensar das hostilidades até ao estalar da guerra. Por esta descrição, é possível que pareça a alguns uma coisa extremamente aborrecida (quase como unicamente uma declamação dos textos), mas a verdade é que a montagem suscita a minha curiosidade. A coisa aparentemente nunca foi editada em vídeo, muito menos em DVD. Se alguém, porém, me puder pô-la nas mãos de alguma forma, fico agradecido.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Spartan High School Musical

e muitos mais sketches do Horrible Histories para uma pessoa se rir aqui (Aristóteles e Arquimedes ao piano, em duas partes), aqui (troca de mulheres entre uma família espartana e uma ateniense), aqui (Alexandre o Grande discute o nome da sua próxima cidade), aqui (Calígula prepara o seu próximo discursos), aqui (a história de Roma em dois minutos), aqui (os cristãos na arena) — bem, procurem.

Truth of Troy - Excertos de um Documentário BBC

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Platão Contratado Para os Monty Python


— Respondo então que Iolau era sobrinho de Héracles e, pelo que me parece, não era nada a mim, pois o meu irmão Pátrocles não era pai dele, mas sim Ifícles, um nome parecido, que era o irmão de Héracles.
— E Pátrocles é teu irmão?
— Claro - disse eu [Sócrates] - Nascido da mesma mãe, mas não do mesmo pai.
— Então é teu irmão e não é teu irmão.
— Não nasceu do mesmo pai, meu caro - esclareci - pois o dele era Queredemo e o meu Sofronisco.
— E Sofronisco era pai e Queredemo também? - perguntou.
— Sem dúvida - respondi - Um era meu, outro era dele.
— Portanto, Queredemo era diferente de pai? - continuou.
— Do meu, sim.
— Mas então sendo pai era diferente de pai? Ou tu és o mesmo que esta pedra?
— Eu? Receio que aos teus olhos pareça o mesmo, mas no entanto não é essa a minha opinião.
— És então diferente desta pedra?
— Naturalmente que sou.
— Por conseguinte, sendo diferente de uma pedra, não és pedra? E sendo diferente de ouro não és ouro?
— É isso mesmo.
— Então também Queredemo sendo diferente de pai, não é pai.
— Parece não ser pai - disse eu.
— Pois, sem dúvida - disse Eutidemo, tomando a palavra - se Queredemo é pai, Sofronisco, pelo contrário, sendo diferente de pai, não é pai. De modo que tu, Sócrates, não tiveste pai.
Nessa altura Ctesipo interveio e disse:
— O vosso pai, por seu lado, não passou por esta mesma situação? Não é diferente do meu pai?
— Longe disso - respondeu Eutidemo.
— Então? É o mesmo?
— Naturalmente que é.
— Era preciso que eu o deixasse! Mas diz-me, Eutidemo, ele é só o meu pai ou também é dos outros homens?
— Também é dos outros homens - respondeu - Ou pensas que o mesmo homem que é pai, não é pai?
— De facto, pensava - disse Ctesipo.
— E então algo que é ouro, não é ouro? Ou alguém que é homem não é homem?
— Atenção, Eutidemo! - continuou Ctesipo - Não estás a atar um fio ao fio, refere o provérbio. É que estás a dizer coisas estranhas, se o teu pai é pai de todos.
— Mas é - afirmou.
— Apenas dos homens? - perguntou Ctesipo - Ou também dos cavalos e de todos os outros animais?
— De todos - respondeu.
— E será que a mãe também é mãe?
— A mãe também.
— Por conseguinte, a tua mãe é também mãe dos ouriços-do-mar.
— E também a tua.
— E tu, portanto, és irmão dos vitelinhos, dos cãezinhos e dos leitõezinhos.
— Sim, e tu também - disse.
— Então tens um pai cão.
— E tu também.
— Em breve irás concordar com isto, Ctesipo, se me responderes - disse Dionisodoro - Diz-me, pois: tens um cão?
— E muito feroz - respondeu Ctesipo.
— E sem dúvida tem cachorrinhos?
— Que também são outros que tais.
— Portanto, o cão é pai deles?
— De certeza. Eu próprio o vi cobrir a cadela.
— Ai sim? E o cão não é teu?
— Absolutamente.
— Então, ele é teu, sendo pai, de modo que o cão passa a ser teu pai e tu irmão dos cachorrinhos.

Platão, Eutidemo 297e-298e5
INCM, Lisboa: 1999 (trad.: Adriana Nogueira).