





As part of its mission to make the world's books searchable and discoverable, Google has digitized over five hundred ancient Greek and Latin books. We present them here downloadable as zip files of images and plain text, and as links to Google Books web pages where you can read them online in full or download PDFs. This collection was selected by Prof. Greg Crane and Alison Babeu of Tufts University, and compiled by Will Brockman and Jon Orwant of Google. Enjoy!Aqui.
Mas quando se levantava Ulisses de mil ardis,ficava em pé com os olhos pregados no chão,sem mover o ceptro para trás ou para a frente,mas segurava-o, hirto, como quem nada compreendia:dirias que era um palerma, alguém sem inteligência.Mas quando do peito emitia a sua voz poderosa,suas palavras como flocos de neve em dia de inverno,então outro mortal não havia que rivalizasse com Ulisses.
Conta Aulo Gélio, varão de elegantíssimo estilo e de vasta e profunda erudição, no seu livro que tem por título Noctes Atticae (Noites Áticas), que, certo dia, viajava no mar com um reputado filósofo estóico. Este filósofo, como mais larga e copiosamente refere Aulo Gélio e eu resumo aqui, ao ver o barco sacudido por um céu medonho e um mar perigosíssimo, devido ao medo começou a empalidecer. Isto foi notado pelos presentes, que, apesar da morte vizinha, curiosamente perguntavam se a alma de um filósofo se perturbaria. Depois, passada que foi a tempestade e quando a segurança deu aso à troca de impressões e mesmo de gracejos, um dos passageiros, faustoso rico asiático, increpou o filósofo por ter tido medo e empalidecido, ao passo que ele se manteve intrépido perante a morte iminente. Mas o outro contou-lhe a resposta do socrático Aristipo: este, ao ouvir, em iguais circunstâncias, as mesmas palavras de um indivíduo da mesma laia, respondeu-lhe que tinha feito muito bem em não se apoquentar com a vida de um velhaco, mas que devia recear pela vida de um Aristipo.Santo Agostinho, Cidade de Deus, Livro IX, Cap. IV
Gulbenkian, Lisboa: 1993. (trad.: J. Dias Pereira)
[In libris, quibus titulus est Noctium Atticarum, scribit A. Gellius, uir elegantissimi eloquii et multae undecumque scientiae, se nauigasse aliquando cum quodam philosopho nobili Stoico. Is philosophus, sicut latius et uberius, quod ego breuiter adtingam, narrat A. Gellius, cum illud nauigium horribili caelo et mari periculosissime iactaretur, ui timoris expalluit. Id animaduersum est ab eis, qui aderant, quamuis in mortis uicinia curiosissime adtentis, utrum necne philosophus animo turbaretur. Deinde tempestate transacta mox ut securitas praebuit conloquendi uel etiam garriendi locum, quidam ex his, quos nauis illa portabat, diues luxuriosus Asiaticus philosophum compellat inludens, quod extimuisset atque palluisset, cum ipse mansisset intrepidus in eo quod inpendebat exitio. At ille Aristippi Socratici responsum rettulit, qui cum in re simili eadem uerba ab homine simili audisset, respondit illum pro anima nequissimi nebulonis merito non fuisse sollicitum, se autem pro Aristippi anima timere debuisse.]

Sim, eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita coisa boa; pois o querer está ao meu alcance, mas realizar o bem, isso não. É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico. Ora, se o que eu não quero é que faço, então já não sou eu que o realizo, mas o pecado que habita em mim. Deparo, pois, com esta lei: em mim, que quero fazer o bem, só o mal está ao meu alcance.
Why is it that when you want something it does not happen, and when you do not want it, it does happen? For this is the greatest indication of discontent and misery. I want something, and it does not happen; and what creature is more wretched than I? I do not want something, and it does happen; and what creature is more wretched than I?




Apopudobalia. Antigo desporto, de facto uma forma primitiva do futebol moderno; não se conhecem, porém, pormenores. Já nos Gymnastica de Aquileu Táctico (fr. 3) se fala de 'homens apopudobaliantes (i.e., que jogam apopudobalia)' em Corinto, no começo do século IV a.C. O jogo parece ter chegado também a Roma na época helenística tardia; pelo menos, no escrito pseudo-ciceroniano De Viris Illustribus (3.2) surgem enumerados vários apopudobaliantes importantes. No século I-II d.C. o apopudobalia é levado pelas legiões romanas para a Inglaterra, donde, no século XIX, se difundiu, renovado. Não obstante a sua grande popularidade junto do público, o jogo foi logo condenado na literatura cristã primitiva (cf., em especial, Tertuliano, De Spectaculis, 31 f.); não surge mais documentado a partir do século IV d.C.
Sim, a primeira já lá vai. Mas têm já no próximo dia 21, segunda, ao meio-dia, no Anfiteatro III da FLUL, uma com Emílio Suárez de la Torre, da Universidade de Pompeu Fabra, de Barcelona. E dois dias depois, 23, na Sala de Investigadores do Centro de Estudos Clássicos, à mesma hora, Thomas Earle, de Oxford (se a minha memória não me trai, já tive a oportunidade de o ouvir uma vez, também sobre a Castro, pela qual tem uma paixão enorme). Informação retirada daqui.
Amanhã na Sala de Investigadores do Centro de Estudos Clássicos, na FLUL, com William J. Dominik, da Universidade de Otago, Nova Zelândia, às 16:30 (com quarto de hora académico, para ver o jogo até ao fim). Informação retirada daqui.
Cadmus came in the course of his wanderings to Delphi, where he consulted the oracle. He was ordered to give up his quest and follow a special cow, with a half moon on her flank, which would meet him, and to build a town on the spot where she should lie down exhausted. The cow was given to Cadmus by Pelagon, King of Phocis, and it guided him to Boeotia, where he founded the city of Thebes. Intending to sacrifice the cow to Athena, Cadmus sent some of his companions to the nearby Castalian Spring, for water. They were slain by the spring's guardian water-dragon, which was in turn destroyed by Cadmus. By the instructions of Athena, he sowed the dragon's teeth in the ground, from which there sprang a race of fierce armed men, called the Spartoí ("sown"). By throwing a stone among them, Cadmus caused them to fall upon one another until only five survived, who assisted him to build the Cadmeia or citadel of Thebes, and became the founders of the noblest families of that city.
Que o deus Jugatino intervenha na união do homem com a mulher — vá que não vá! Mas é preciso levar a noiva a casa — e lá temos o deus Domiduco; para lá a instalar, está o deus Domítio; para a fazer estar com o seu marido, junta-se a deusa Manturna. Para quê buscar mais? Tenha-se em consideração o pudor humano! Seja a concupiscência da carne e do sangue a levar a cabo o resto no recato do pudor. Para quê encher o quarto com uma caterva de deuses quando se retiram os paraninfos? E enchem o quarto, não para que o conhecimento da sua presença constitua uma garantia maior do pudor, mas para que a mulher, débil em razão de sexo, aterrada pela novidade, graças ao concurso deles perca a virgindade sem dificuldade: realmente, lá estão presentes a deusa Virginense, o deus-pai Súbigo, a deusa-mãe Prema, a deusa Pertunda e ainda Vénus e Priapo! Que vem a ser isto? Se era absolutamente necessário que os deuses ajudassem o varão em apuros, não bastaria um ou uma? Não bastaria apenas Vénus, pois que, diz-se, ela assim se chama porque sem violência (vis) nunca a mulher poderá deixar de ser virgem? Se nos homens há pudor que falta aos deuses, os esposos que acreditam na presença de tantos deuses de ambos os sexos, todos atentos ao acto conjugal, — não se sentirão possuídos de tal vergonha que o ardor do acto se vai apagando e vai aumentando a resistência à vergonha? Se, para desatar o cinto da donzela, lá está a deuses Virginense; se lá está o deus Súbigo para a submeter ao varão; se, para a obrigar, uma vez entregue, a deixar-se desflorar sem resistência, está lá a deusa Prema — que faz lá a deusa Pertunda? Que tenha vergonha! que se vá embora! que deixe ao marido alguma coisa para fazer! É altamente indecoroso que seja outro a cumprir uma tarefa que, como o seu nome indica, só a ele pertence.
...à maneira de subalternos cobradores de impostos ou de artífices do bairro operário, em que o menor dos vasos, para se dar por acabado, passa por numerosas mãos até que o mestre lhe ponha sozinho termo. Pensaram, contudo, que não se podia tirar melhor rendimento da multidão dos trabalhadores senão fazendo com que cada um aprendesse, depressa e com facilidade, apenas uma parte da tarefa, para não os obrigar, à custa de muito tempo e canseiras, a serem todos perfeitos no trabalho todo.
Começa com Platão e um elogio aos gregos, acaba com a Antígona e Hölderlin. Não deixem de ver este excerto de coisa de vinte minutos de uma entrevista a Steiner por Guillaume Chenevière para a TSR (Télévision Suisse Romande), em 1998. Sobre Heidegger, as suas ligações ao nazismo e a importância e originalidade da sua filosofia.“Hardly any lawful price would seem to me too high for what I have gained by being made to learn Latin and Greek.” – C.S. Lewis
“To read Latin and Greek authors in their original, is a sublime luxury. I thank on my knees him who directed my early education for having put into my possession this rich source of delight; and I would not exchange it for anything which I could then have acquired, and have not since acquired.” – Thomas Jefferson
“Latin and Greek are not dead languages. They have merely ceased to be mortal.” - J. W. MacKail


