vinheta de Fábula de Veneza, de Hugo Pratt |
Sempre atento à realidade nacional, achei por bem elucidar os nossos leitores acerca do papel da Maçonaria também no mundo antigo. Segue-se um extracto (pgs. 17-19) de O que é a Maçonaria, de Jorge Ramos, um livrinho publicado pela editora Minerva, no período pós-Revolução (Janeiro de 1975). Acredito que poderá ser muito útil e abrir as mentes. Quero aqui apenas declarar que me sinto revoltado por tanto me ter sido escondido ao longo do meu curso: é injusto que nunca me tenham referido que Constantino já dispunha de telefone.
De facto, os primeiro maçons estavam no conhecimento de antiquíssimas descobertas, revelações e doutrinas que séculos mais tarde haveriam de ser consideradas como novas: antes de Copérnico, Kepler, Galileu e Newton a lei da gravitação fora formulada pelos Magos, milhares de anos antes de Cristo. Os arcanos da astronomia eram já conhecidos 500 anos antes de Cristo por Hicetas e Filolau que foram os grandes vulgarizadores da doutrina secreta de Pitágoras, iniciada em Ecbatane. Os sacerdotes orientais serviram-se da electricidade como se infere do Ramayana, composto 600 anos antes de Cristo e o arquitecto Anthéno, segundo Agathias no De Rebus Justin (Liv. V., cap. 4) «serviu-se da electricidade como uma força» ainda hoje por nós desconhecida, como se serviu igualmente do vapor com a mesma precisão usada por nós. O uso da artilharia vem já dos etruscos, que defenderam com ela a cidade de Narnia contra a invasão de Alarico, conforma o atesta Sozomene na sua História Eclesiástica (Liv. IX, cap. 6) e está provado que o uso de pólvora do canhão fora ensinado aos etruscos pelos «homens superiores que dirigiam as seites secretas», segundo Gerin-Riard na sua Histoire de l'Humanité o afimra baseado na H. Natural de Plínio (II-53 e XXVIII-4) e documentado por Tito Lívio (I-33). Foram os primeiros maçons que inventaram o pára-raios: o historiador Josefo o prova (G. dos J. -V.-44) dizendo-nos que os arquitectos sacerdotais de Memphis criaram «numa armadura metálica com pontas de ouro 24 pára-raios comunicando com poços». O monge de Athos, Panselenus, nos eu célebra manuscrito informa-nos de que a aplicação da química à fotografia, a câmara escura, os aparelhos de óptica, a sensibilização das placas metálicas, etc, etc., eram já processos conhecidos pelos iniciados Jónios. A pirotecnia é também de origem maçónica, pois existiu há milhares de anos em Bizâncio, onde foi introduzida pelos Magos. A bússola era conhecida nos mais recuados tempos da Pérsia: esta invenção dos maçons é citada claramente na Odisseia de Homero e à sua espantosa antiguidade fazem referência Heródoto, Diodoro da Sicília, Jâmblico na sua Vida de Pitágoras, etc., etc. As maravilhas da química orgânica e inorgânica eram conhecidas dos sacerdotes gregos, que nas suas assembleias secretas discutiam as propriedades dos ácidos e dos sais. Em Plotino, Séneca, Quinto Cúrcio, Plínio, Pausânias e outros iniciados encontramos referências aos nossos éter, álcool, etc., e Porfírio no seu livro Da Administração do Império descreve-nos o telefone usado na época de Constantino, invenção «que saiu dos subterrâneos secretos dos remotos tempos de Orfeu» (Vida de Alexandre, por Valerianus). As minas explosivas, como arma de guerra, foram usadas na Caldeia e no Irão há mais de doze mil anos, segundo refere Cláudio, e atribui-se a sua invenção aos sectários de Bharawa, o primeiro legislador dos negros da Índia e iniciado de assombrosa inteligência.
Wyrd!
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