Este blogue falhou. Já no início deste mês, dia 8 de Março, faleceu Manuel de Oliveira Pulquério, um nome que talvez não diga muito a alguns dos leitores do blogue, mas que será sem dúvida conhecido dos alunos de Estudos Clássicos. Manuel de Oliveira Pulquério foi professor de Filologia Clássica primeiro em Coimbra, onde se doutorou, depois em Viseu, no pólo local da Universidade Católica. Foi vice-reitor da UC, responsável pela Faculdade de Letras da UCP, em Viseu, e director da revista Máthesis. Não será, porém, pelos cargos administrativos que ocupou que será lembrado, não obstante o trabalho que aí desenvolveu, mas sim pelo seu magistério na área das Clássicas. Especialista em Ésquilo, devemos-lhe a tradução portuguesa da Oresteia e dos Persas, mas não só: de Platão traduziu o Êutifron, a Apologia, o Críton e o Górgias. Co-traduziu o Íon de Eurípides e, num artigo recente (2001), verteu ainda alguns poemas de Safo. Começa lentamente a desaparecer a primeira grande geração de classicistas portugueses. Saibamos colher deles o exemplo e aprender a cuidar desta coisa tão preciosa, mas sempre tão frágil, que é o legado greco-romano.
Sociedade Civil
Há 2 dias
Chamo-me Pedro e, entre outros nomes, tenho Pulquério. Sou o seu neto e queria agradecer ao Príncipe Myshkin (cuja identidade desconheço) por ter escrito este artigo In Memoriam do meu avô. Não acho que valha a pena dizer muito mais, a não ser que é realmente confortante ver que ele continua a estar nos presente e a ser recordado nos mais diversos ambientes, incluindo os cibernéticos.
ResponderEliminarMais uma vez, e também em nome da minha mãe, os meus sinceros agradecimentos!
Pedro