agora o que ele quer descobrir é por que se chamava balear à funda, e vai de livro em livro, rebusca, impacienta-se, até que, finalmente, o precioso, o inestimável Bouillet lhe ensina que os habitantes das baleares eram considerados, na Antiguidade, os melhores archeiros do mundo conhecido, que era, evidentemente, todo, e que daí tinham tomado as ilhas o nome, pois em grego atirar diz-se ballô, não há nada mais claro, qualquer revisor é capaz de ver a etimológica linha recta que liga ballô a Baleares
José Saramago, História do Cerco de Lisboa, Caminho, 2008 (8ª edição).
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