terça-feira, 21 de junho de 2011

Édipo e Fausto

E: Delacroix, Eugène, Mephistopheles appears to Faust, 1827, lithograph, 26.1 x 21 cm, Fine Art Museums of San Francisco, San Francisco, California, USA.
D: Delacroix, Eugène, Mephistopheles aloft, 1826, lithograph, 27 x 23 cm, Musée National Delacroix, Paris, France.

"Para uma explicação especial do Fausto nada tenho em toda minha bagagem. Também está o senhor muito bem servido de comentaristas de toda sorte. Ouça: devolva imediatamente todos estes trastes ao círculo do livro de onde vieram [...] Aquilo que lhe está reservado encontrar no Fausto terá de ser encontrado através da intuição [...] Pois o Fausto é um mito autêntico, uma imagem ancestral, em que cada um precisa reencontrar intuitivamente e à sua maneira seu próprio destino e sua essência. 

Museo Gregoriano Etrusco, Edipo e a Esfínge de Tebas, Kylix, c. 470 AC.
Permita-me uma comparação: Que teriam dito os antigos gregos se entre eles e a lenda de Édipo se colocasse um comentarista? - Cada grego trazia em si uma fibra de Édipo, que queria ser tocada diretamente e exigia vibrar à sua maneira. E assim acontece com a nação alemã em relação ao Fausto."

Carta de Jacob Burckhardt a Albert Brenner, citada por Jung em JUNG, C.G. Símbolos da transformação. Tradução de Eva Stern. Revisão técnica de Jette Bonaventure. 7a ed. Petrópolis: Vozes, 2011. p.53, nota 46.

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