"Para uma explicação especial do Fausto nada tenho em toda minha bagagem. Também está o senhor muito bem servido de comentaristas de toda sorte. Ouça: devolva imediatamente todos estes trastes ao círculo do livro de onde vieram [...] Aquilo que lhe está reservado encontrar no Fausto terá de ser encontrado através da intuição [...] Pois o Fausto é um mito autêntico, uma imagem ancestral, em que cada um precisa reencontrar intuitivamente e à sua maneira seu próprio destino e sua essência.
Museo Gregoriano Etrusco, Edipo e a Esfínge de Tebas, Kylix, c. 470 AC. |
Permita-me uma comparação: Que teriam dito os antigos gregos se entre eles e a lenda de Édipo se colocasse um comentarista? - Cada grego trazia em si uma fibra de Édipo, que queria ser tocada diretamente e exigia vibrar à sua maneira. E assim acontece com a nação alemã em relação ao Fausto."
Carta de Jacob Burckhardt a Albert Brenner, citada por Jung em JUNG, C.G. Símbolos da transformação. Tradução de Eva Stern. Revisão técnica de Jette Bonaventure. 7a ed. Petrópolis: Vozes, 2011. p.53, nota 46.
Sem comentários:
Enviar um comentário