O Bibliotecário de Babel aponta-nos este artigo, sobre "actualizações dos clássicos", ou aquilo que nós comummente chamaríamos Estudos de Recepção. Fala em concreto de quatro livros.
- A tradução da Ilíada de Stephen Mitchell, louvada pela dinâmica e criticada pelo abandono daqueles pontos mais inextricavelmente homéricos, como os epíthetos, que concede aos poemas tanto a sua graça como o seu peso.
- Resgate, de David Malouf, de sedutora descripção, sendo pois uma extrapolação da breve viagem de resgate levada a cabo por Príamo pela graça do cadáver de Heitor. (Lembrei-me do José e Seus Irmãos, do Thomas Mann.)
- The Song of Achilles, de Madeline Miller, uma renarração (como é que podemos melhor dizer retelling?) da Ilíada pelos olhos de Pátroclo, aqui assumido como amante de Achilles; criticado pelo autor do artigo como 'soft porn'.
- The Lost Books of the Odyssey, de Zachary Mason, o único da lista que li, um dos livros mais engraçados que li há dois anos atrás, um labyrintho borgesiano (é assim que se diz?) através da conjectura de a tradição oral da Odysseia poderia ter dado origem a muitos outros cantos, entretanto perdidos, e miríficos. (Ver também isto.)
- The Infinites, de John Banville, uma adaptação do Amphitryon de Plauto através da ideia de mundos paralelos.
I can’t sit here in my living room on the west side of Manhattan, opining about what’s going to last. Things that last last for all kinds of reasons, and only one of them is how good they are. Things survive by accident that don’t get eaten by rats, or by computer viruses that haven’t even been invented yet because the computers they will eat haven’t been invented yet. So there’s no guarantee. Sappho composed poems that were collected in nine volumes in the Alexandrian library, of which we have exactly one complete poem left. I bet there were some good poems among the other eight volumes too.
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