[τὴν σωφροσύνην] ὑμεῖς επὶ μὲν τῶν ιδιωτῶν επαινεῖτε, καὶ νομίζετε τοὺς ταύτῃ χρωμένους ασφαλέστατα ζῆν καὶ βελτίστους εῖναι τῶν πολιτῶν, τὸ δὲ κοινὸν ἡμῶν ουκ οίεσθε δεῖν τοιοῦτο παρασκευάζειν, καίτοι προσήκει τὰς ἀρετὰς ασκεῖν καὶ τὰς κακίας φεύγειν πολὺ μᾶλλον ταῖς πόλεσιν ὴ τοῖς ιδιώταις. ανὴρ μὲν γὰρ ασεβὴς καὶ πονηρὸς τυχὸν ὰν φθάσειε τελευτήσας πρὶν δοῦναι δίκην τῶν ἡμαρτημένων: αἱ δὲ πόλεις διὰ τὴν αθανασίαν ὑπομένουσι καὶ τὰς παρὰ τῶν ανθρώπων καὶ τὰς παρὰ τῶν θεῶν τιμωρίας.
Vós elogiais a sensatez de cada pessoa em particular, e julgais que os que a praticam não só vivem em segurança, como ainda por cima se tornam bons cidadãos. Mas ao mesmo tempo nem sequer pensais em fazer com que o Estado [τὸ κοινόν] seja também ele sensato, muito embora faça sentido que sejam as cidades até mais que os indivíduos a praticar as virtudes e a evitar os vícios. Isto porque pode muito bem acontecer que um homem ímpio e corrupto morra antes de pagar a pena dos seus crimes, mas as cidades são imortais, e não têm como evitar submeter-se mais cedo ou mais tarde ao castigo às mãos dos homens e dos deuses.
Isócrates. Sobre a Paz. 119-120. Tradução minha.
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