quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parabéns, Platão!

Μακαρίζομεν τὸν Πλάτωνα!


Dita a tradição de que Platão nasceu a 7 de Novembro. Na Antiguidade celebrava-se a data com representações do Symposion, onde se liam os discursos dos symposiastas tal como haviam sido descritos por Platão, ou então faziam-se novos discursos, também em honra do Amor. Esta prática, perdida durante a Idade Média, foi brevement reinaugurada no Renascimento às mãos de Lorenzo de' Medici e do seu hierophante — ou pelo menos é o que nos dita a maravilhosa obra Sobre o Amor de Marsilio Ficino*. Portanto,

Parabéns, Magister.

Quem dos leitores quiser hoje celebrar o maior philósopho de sempre, pegue numa cópia da República, ou do Banquete, ou doutro qualquer, e faça-lhe lendo de lá uma santa libação. Ou então, se o quiser fazer na maneira tradicional, imite Ágathon, Sócrates, Aristóphanes, e todos os outros, e, como diz o madrigal do Monteverdi, não fale de nada a não ser de amor (altro ch'amore — ou, como se diz em bom Grego, «ουδέν άλλο ὴ τὰ ερωτικά» Symposion 177e).



«Platone padre de’ philosophi, adempiuti gli anni ottantuno della sua età, el septimo dì di novembre nel quale egli era nato sedendo a mensa, levate le vivande, finì sua vita. Questo convito, nel quale parimente la natività e fine d’esso Platone si contiene, tutti gli antichi platonici infino a’ tempi di Plotino e Porfirio ciascuno anno celebravano. Ma dopo Porfirio anni MCC si pretermissono queste solenne vivande. Finalmente ne’ nostri tempi el clarissimo viro Lorenzo de’ Medici, volendo el platonico convivio rinnovare, la cura d’esso a Francesco Bandino commisse.» (Fonte)

Imagem: Pormenor de desenho de Paolo Farinati [1524-1606] @ Hermitage

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