ou a magnífica fortuna de uma frase: de aparentes platitudes da cidade perfeita, reflexões sobre como combater o adultério feminino a considerações várias sobre o perigo de um Estado contratar super-heróis (a safada da frase tem bom gosto: tudo obras-primas).
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— Já dissemos que os guardiões se devem abster da embriaguez. Um guardião é, com certeza, a última pessoa no mundo a quem é permitido estar embriagado, e não saber em que lugar da terra se encontra.
— Seria, com efeito, absurdo que um guardião necessitasse de ser guardado.
Platão, A República 403e
Guimarães, Lisboa: 2005. (trad.: Elísio Gala)
[— μέθης μὲν δὴ εἴπομεν ὅτι ἀφεκτέον αὐτοῖς: παντὶ γάρ που μᾶλλον ἐγχωρεῖ ἢ φύλακι μεθυσθέντι μὴ εἰδέναι ὅπου γῆς ἐστιν.
— γελοῖον γάρ, ἦ δ᾽ ὅς, τόν γε φύλακα φύλακος δεῖσθαι.]
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[...] Sei
dos planos de toda a sorte que também me aconselhais, velhos amigos:
«Põe um tranca, fecha-a». Mas quem guardará os próprios
guardas, que calam já os affaires da rapariga lasciva
por esta mercê? Do crime conjunto guardam silêncio.
Vê mais à frente, a mulher, prudente, e por eles começa.
Juvenal, Sátiras 6.O29-34
consilia et ueteres quaecumque monetis amici,
'pone seram, cohibe'. sed quis custodiet ipsos
custodes, qui nunc lasciuae furta puellae
hac mercede silent? crimen commune tacetur.
prospicit hoc prudens et a illis incipit uxor.]
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Who watches the watchmen?
(Alan Moore & Dave Gibbons)
Só agora é que reparei na tag do Alan Moore.
ResponderEliminarWatchmen no blog da Origem? Eu aprovo!
Na Origem há espaço para tudo! Um ou outro post tem também referências a outras obras de BD, nomeadamente (estou a lembrar-me) ao Sandman, do Neil Gaiman.
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