Houve
em tempos e sobrevive ainda hoje por todo o globo uma comunidade capaz
de ultrapassar religiões, raças, nações, e costumes, para se propor e
aceitar em comum ideias fundamentais e princípios superiores. Essa
comunidade vai buscar o seu nome àqueles que pelos séculos e idades dela
tomaram parte; chamamos-lhe Republica das Letras; e tal como tudo o que
é político é constituída por cidadãos. Todavia não apenas por cidadãos
como nós que nesta nossa era nos associamos uns com os outros, mas
também por aqueles que nesta vida nos anteciparam. e que são deste modo
igualmente chamados seus cidadãos. As suas vozes em conjunto podem ser
justa e belamente escutadas através dos escritos e das conversas de
sábios e pensadores
Esta comunidade ergueu pontes não só para o seu próprio tempo, mas também para o futuro, do qual nunca desviaram o olhar quando se esforçavam para melhorar a sociedade presente. Assim interligados os seus cidadãos puderam sentir-se uma parte indissociável das reflexões e experiências uns dos outros por mais separados, pois que sentiam aquele vínculo que unifica todo o género humano onde quer que ele se encontre e se pense. Tudo isto foi devido à capacidade e vontade assumida por esta República de transcender os limites do tempo e do espaço; puderam fazê-lo através de línguas não expostas às mutações do fluxo continuo do uso vernacular. Acontece que hoje esta comunidade e as suas línguas está em grave perigo: as responsabilidade politicas que lhe são devidas para o seu sustento e promoção deixam de ser assumidas, e deste modo se treinam gerações de olhares fixos no pragmatismo económico, às quais não foi sequer concedido vislumbrar o vasto tesouro que lhes poderia permitir aceder à sua doutrina, pois que estas línguas vão sendo quase completamente abandonadas nas mãos de um circulo restrito de especialistas.
Admiramo-nos ainda de sobremaneira que a UNESCO não tenha ainda levado em conta as tradições duma comunidade humana tão vasta e duma influencia tão decisiva no plano cultural, de pensamento, e de ideias que dizem respeito ao conhecimento de algo mais; e por isso propomos o documento que se pode ler nas páginas anexas, que têm por objectivo persuadir a UNESCO a acolher esta comunidade e as suas línguas no seio da sua salvaguarda, reconhecendo-as enquanto “Património Imaterial da Humanidade”, pois que são uma jóia dada aos povos, a todos sem excepção.
Ler mais, e assinar a petição -
Pede-se também a divulgação por todos os interessados.
Fuit olim − et etiamnunc exstat − in universo terrarum orbe quaedam societas hominum, quae, praeter omnia religionis, varietatis, nationis et patriae discrimina, in tradendis notionibus et cultu fovendo communia et superiora agnovit sibi fundamenta. Quae hominum societas ab iis qui per saecula et aetates eius pars magna fuere, res publica litterarum est appellata; ac sicut omnes res publicae, ex civibus constitit. Civitate vero non modo homines aetate inter sese coniunctos, verum etiam eos, qui hac in vita praecesserant illos, quorumque voces litteris commissae vel sapientium praesentibus vocibus docentium traditae nihilominus audiri poterant pleno iure donavit.
Quae hominum societas ante omnia quasi quendam pontem exstruere voluit quo ad futura pertineret tempora, neque umquam non magnam adhibuit curam cum in provehendis aetatibus quibus ipsa floruit, tum in providendo posteritati, quacum huius rei publicae cives fraternitatis quodam totius generis humani vinculo iam se connexos atque copulatos esse sentiebant. Quae hominum societas, linguarum ope continuas fluminis rerum mutationes non subeuntium, regionum et temporum spatia transcendere potuit; attamen periclitatur hodie valde, cum eam in dies subsidia atque auxilia potestatum quae hoc officium suum sentiant, necnon rationes et viae, quibus provehatur et innutriatur penitus deficiant. Periculum igitur est ne, hac recentiore aetate, qua saepe homines nonnisi effrenata lucri cupiditate impelluntur aurique sacra fame tantum excitantur, iuniores hoc inaestimabili patrimonio orbentur, quippe quod neque honore alatur, neque usquam vulgo tradatur colaturque, neque, nisi ab exigua hominum manu peculiarem quandam provinciam singulariter tractantium, quanti sit percipiatur.
Admirati igitur omnium gentium coetum, c.n. UNESCO nondum cultus et communium huius societatis humanae fundamentorum satis hucusque rationem habuisse - quae societas tam multum valuit ad totius orbis humanitatem fovendam, ad notiones et consilia verbis exprimenda, ad altiorem quandam sapientiam quaerendam - documentum, quod in insequentibus paginis scriptum est, proponere voluimus, ut omnia necessaria fiant ad aliud genus “humani generis patrimonium” agnoscendum: illud scilicet, quod totum et universum hominum genus thesaurorum pretiosissimum existimat ac ducit.
Esta comunidade ergueu pontes não só para o seu próprio tempo, mas também para o futuro, do qual nunca desviaram o olhar quando se esforçavam para melhorar a sociedade presente. Assim interligados os seus cidadãos puderam sentir-se uma parte indissociável das reflexões e experiências uns dos outros por mais separados, pois que sentiam aquele vínculo que unifica todo o género humano onde quer que ele se encontre e se pense. Tudo isto foi devido à capacidade e vontade assumida por esta República de transcender os limites do tempo e do espaço; puderam fazê-lo através de línguas não expostas às mutações do fluxo continuo do uso vernacular. Acontece que hoje esta comunidade e as suas línguas está em grave perigo: as responsabilidade politicas que lhe são devidas para o seu sustento e promoção deixam de ser assumidas, e deste modo se treinam gerações de olhares fixos no pragmatismo económico, às quais não foi sequer concedido vislumbrar o vasto tesouro que lhes poderia permitir aceder à sua doutrina, pois que estas línguas vão sendo quase completamente abandonadas nas mãos de um circulo restrito de especialistas.
Admiramo-nos ainda de sobremaneira que a UNESCO não tenha ainda levado em conta as tradições duma comunidade humana tão vasta e duma influencia tão decisiva no plano cultural, de pensamento, e de ideias que dizem respeito ao conhecimento de algo mais; e por isso propomos o documento que se pode ler nas páginas anexas, que têm por objectivo persuadir a UNESCO a acolher esta comunidade e as suas línguas no seio da sua salvaguarda, reconhecendo-as enquanto “Património Imaterial da Humanidade”, pois que são uma jóia dada aos povos, a todos sem excepção.
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Pede-se também a divulgação por todos os interessados.
Fuit olim − et etiamnunc exstat − in universo terrarum orbe quaedam societas hominum, quae, praeter omnia religionis, varietatis, nationis et patriae discrimina, in tradendis notionibus et cultu fovendo communia et superiora agnovit sibi fundamenta. Quae hominum societas ab iis qui per saecula et aetates eius pars magna fuere, res publica litterarum est appellata; ac sicut omnes res publicae, ex civibus constitit. Civitate vero non modo homines aetate inter sese coniunctos, verum etiam eos, qui hac in vita praecesserant illos, quorumque voces litteris commissae vel sapientium praesentibus vocibus docentium traditae nihilominus audiri poterant pleno iure donavit.
Quae hominum societas ante omnia quasi quendam pontem exstruere voluit quo ad futura pertineret tempora, neque umquam non magnam adhibuit curam cum in provehendis aetatibus quibus ipsa floruit, tum in providendo posteritati, quacum huius rei publicae cives fraternitatis quodam totius generis humani vinculo iam se connexos atque copulatos esse sentiebant. Quae hominum societas, linguarum ope continuas fluminis rerum mutationes non subeuntium, regionum et temporum spatia transcendere potuit; attamen periclitatur hodie valde, cum eam in dies subsidia atque auxilia potestatum quae hoc officium suum sentiant, necnon rationes et viae, quibus provehatur et innutriatur penitus deficiant. Periculum igitur est ne, hac recentiore aetate, qua saepe homines nonnisi effrenata lucri cupiditate impelluntur aurique sacra fame tantum excitantur, iuniores hoc inaestimabili patrimonio orbentur, quippe quod neque honore alatur, neque usquam vulgo tradatur colaturque, neque, nisi ab exigua hominum manu peculiarem quandam provinciam singulariter tractantium, quanti sit percipiatur.
Admirati igitur omnium gentium coetum, c.n. UNESCO nondum cultus et communium huius societatis humanae fundamentorum satis hucusque rationem habuisse - quae societas tam multum valuit ad totius orbis humanitatem fovendam, ad notiones et consilia verbis exprimenda, ad altiorem quandam sapientiam quaerendam - documentum, quod in insequentibus paginis scriptum est, proponere voluimus, ut omnia necessaria fiant ad aliud genus “humani generis patrimonium” agnoscendum: illud scilicet, quod totum et universum hominum genus thesaurorum pretiosissimum existimat ac ducit.
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