Todos os homens se veriam obrigados a trabalhar a terra se os produtos desta apenas lhes proporcionassem alimentação. [...] O agricultor, por si mesmo, apenas necessitaria da simples reprodução para viver. Mas a nação precisa que a terra produza o mais possível e que os produtos se transformem em riquezas. [...] Por muito fraca, dura e reduzida que fosse a subsistência que os hilotas forneciam aos espartanos, é certo que, se as terras de Esparta só produzissem o necessário para sustentar aqueles que as cultivavam, os espartanos teriam perecido ou teriam sido obrigados a expulsar os seus escravos e a cultivar eles próprios as suas terras; e, assim, ter-se-iam tornado eles próprios em hilotas, abandonando os exercícios de ginástica, as mesas comuns e a defesa da pátria.
François Quesnay, citado e traduzido por Avelãs Nunes in
Introdução à História da Ciência Económica e do Pensamento Económico (Coimbra, 2011: 90).
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